A decisão do TSE, que cassou o prefeito e o vice de Brusque e tornou inelegível Luciano Hang, faz com que o senador Jorge Seif (PL) coloque as barbas de molho
(por Dagmara Spautz)
O diagnóstico é de fontes da política e advogados eleitorais ouvidos por pela colunista da NSC Dagmara Spautz, que indicam que a sentença aumenta o risco de decisão desfavorável ao senador catarinense, também alvo de processo por abuso de poder econômico, movido pelo PSD.
O caso de Seif também envolve Hang e é semelhante ao de Brusque. O PSD usa três argumentos para sustentar a ação: o uso de helicóptero supostamente emprestado para participação de eventos de campanha, uso da estrutura da Havan para promoção de Seif e financiamento de propaganda eleitoral. A defesa do senador afirma, desde o princípio, que se trata de uma tentativa de subverter a vontade popular. Trocando em miúdos, de levar a vaga “no tapetão”.
Em Brasília, a situação de Seif é vista como bastante complexa. No caso da prefeitura do Vale do Itajaí, a ação foi negada nas instâncias iniciais mas o placar virou quando chegou à Suprema Corte Eleitoral. A ação do PSD contra Seif ainda não foi julgada, está em fase de instrução.
Nova eleição
Para o senador, a chance está na dança de cadeiras que ocorrerá em breve na presidência do TSE: sai Alexandre de Moraes, entra Kássio Nunes Marques. Ainda assim, outro fantasma pode assombrar o senador catarinense – a obrigatoriedade de uma nova eleição para a vaga de SC, caso ele perca o mandato, pode ser um ativo nas mãos do próprio PL.
O que diz Seif
Questionado pela coluna, o senador Jorge Seif se manifestou por meio de nota: “A ação judicial proposta contra o senador Jorge Seif foi impetrada pelo candidato derrotado e não preocupa o senador, que tem absoluta convicção da lisura da sua campanha, que lhe concedeu a vitória com quase 40% dos votos válidos.
Apesar de não conhecer o processo que envolve o prefeito de Brusque, Ari Vechi, nem as acusações e eventuais provas, o senador Jorge Seif lamenta profundamente, que uma pessoa escolhida pela maioria absoluta dos brusquenses, tenha seu mandato interrompido”.
Fonte: NSC / Dagmara Spautz
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