Produtor de maçãs de São Joaquim tem 5 filhos lutando na guerra entre Israel e Hamas

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O empresário e produtor de maçãs Yariv Kalujny, que vive entre Israel e São Joaquim tem enfrentado dias difíceis desde o início da guerra entre o país em que nasceu e o grupo terrorista Hamas

Seus cinco filhos, com idades entre 23 e 45 anos, estão na fronteira de Israel com a Faixa de Gaza, lutando pela causa israelense no conflito deflagrado no dia 7 de outubro. A guerra completou seu primeiro mês nesta terça-feira (7).

“A preocupação é constante, não consigo dormir. Estamos com muita agonia, dor e raiva”, afirma Kalujny, que viveu boa parte dos seus 72 anos no Brasil. Os pais imigraram para cá ainda em 1956, quando ele tinha apenas cinco anos.

Hoje, pelo menos duas vezes ao ano, Kalujny  vem à Serra, especialmente nos períodos de poda e colheita – a última vez que esteve em São Joaquim foi na Páscoa, em abril deste ano. Ele comercializa as frutas no interior do país. Nos demais períodos do ano, vive com a família em uma cidade litorânea no entorno da capital de Israel, Tel Aviv.

Com o início do conflito, o produtor viu a família seguir um roteiro comum dos períodos de guerra: os homens adultos pegaram em armas, enquanto mulheres e idosos permaneceram em casa, trabalhando e cuidando dos pequenos.

“Apesar de termos um sistema no qual o alistamento é obrigatório, as pessoas querem lutar. Estamos com muita raiva. Essas atrocidades nos lembram do Holocausto e não aceitamos mais, vamos lutar”, enfatiza o produtor. O serviço militar obrigatório, em Israel, dura três anos para os homens e dois anos para as mulheres.

Empresário e filhos se veem uma vez por semana em Israel

O reencontro com os filhos depende das concessões de folga do exército israelense. “Nos falamos muito pouco pelo celular. Uma vez por semana, ou a cada duas semanas, eles recebem um dia de folga”, conta Yariv.

Além de cuidar dos netos, Yariv passa boa parte do dia acompanhando os desdobramentos do conflito. “Ficamos no celular, grudado nas notícias, é tudo muito fluído. Não conseguimos fazer outra coisa”, conta o produtor. Não é só pelo celular e pela televisão que Yariv consegue ver a guerra: os aviões em direção à Faixa de Gaza, por exemplo, passam por cima de sua casa.

“Ontem [dia 31 de outubro] ocorreu uma batalha muito dura e soubemos que 15 israelenses morreram. Isso dói muito, eram jovens com idades entre 19 e 22 anos. Cada um é um mundo inteiro”, afirma Yariv. “Não queremos essa guerra”, finaliza.

 

Fonte: NotiSerra/ND Mais
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